sábado, 11 de julho de 2009

FééEEEeÉeerias

Algumas coisas não são explicadas direto, caem na nossa frente, sabe-se lá de onde (no meu caso creio q da África ou da Índia), e nos trazem a solução para todos os problemas (ou quase todos), mas foi preciso estar sentado sob as costas de um elefante, no meio da multidão de um circo, pagando um mico, ou não, pra entender esse início de férias, todo esse tédio. A “Leide” (nome nada singelo para uma elefanta!) não me disse nada e muito menos soltou grunhidos ou fez sinais com a tromba, mas é que frente à situação, eu vi como as pessoas agem estranhas de vez em quando, como acham que estão à frente de tudo, que podem encarar ou fugir com a maior facilidade, que tudo é tão bobo, inclusive as outras que as rodeiam e que podem adiar tudo pra amanhã, pra depois de amanhã, pra semana que vem, talvez. Não sei como ela atravessou o Atlântico, se ela gosta do circo, ou se preferiria voltar pra sua família, se ela come mesmo amendoim como aparece nos desenhos animados, se ela tem 5 anos de idade ou se tem 12, mas com certeza ela não pode reclamar. Levantar a voz contra o treinador, mandar uma carta pro consulado Africano (ou Indiano), ou se recusar a tirar a foto ai do lado não está dentro de suas possibilidades, mas e nós? Será que agente pode fazer alguma coisa? Será que se gritarmos contra as coisas que nos acontecem, se aceitássemos somente as coisas boas, se recusássemos a ouvir todas as idiotices, isso mudaria alguma coisa? Ou a vida simplesmente agiria como o dono do circo ou como o caçador, de forma cínica, e passaria sobre nós sem nem se importar? Bem, eu não tenho a resposta pra essa pergunta, e creio que você também não, mas estamos ai, é tempo de descanso e de aventuras, e aproveitemos essa oportunidade para descobrirmos o que nos acontecerá então. Que venham as férias!